Hoje pela manhã fui deixar minha afilhada na escolinha à bordo do Pé-de-Pano (aquele fusquinha do post anterior), parei longe da entrada pra evitar constrangimento e depois fui procurar uma borracharia, pois estava precisando de uma câmara de ar para um aro que está enferrujando e escapando ar.
Entre uma borracharia e outra, entrei numa rua e dei de cara com um Palio Weekend na contra-mão. Ainda parei, mas a motorista(se é que posso chamá-la assim) continuou e bateu na quina do para-choque, amassando e arranhando o para-lama do Fusqueta. Desci, olhei o estrago e ela perguntou: "Bateu?!" Engoli seco pra não responder: "Não, é que sempre que entro numa rua, eu para pra ver se o para-choque ainda está no lugar".
A senhora de meia idade, realmente nem sentiu a pancada, pois foi bem leve, mas como o para-choque do fusca é de ferro, amassou e ficou, ao contrário do dela. E por isso, ela insistiu que o carro dela não havia feito o estrago no fusca.
Um transeunte auto-intitulado advogado veio logo gritando dizendo que eu estava errado e que aquela amassado foi por conta de outra batida, pois na ponta oposta já havia um pequeno amassado, sendo assim os dois deveriam ser fruto de uma mesma e hipotética colisão anterior. Não tenho agora como ilustrar o estado da peça, mas garanto que o que ele falou não fazia o menor sentido e porisso comentei: "Taí a explicação de o senhor ser advogado. Não entende nada de física." Aí ele, sacando o celular, disse: "Vou ligar para o meu amigo diretor da AMC!". Com a maior calma respondi: "Ótimo! Diga que quero falar com ele, pois é marido de minha prima." Na mesma hora ele guardou o celular.
Por causa desse tal advogado a mulher "pegou ar" e começou a me acusar de tentar ganhar dinheiro em cima dela, que ia me processar etc.
-- "Minha senhora, para consertar meu carro, não precisará mais do que 20 ou 30 reais. Não preciso deste dinheiro. Só quero ser justo."
-- "Minha senhora, para consertar meu carro, não precisará mais do que 20 ou 30 reais. Não preciso deste dinheiro. Só quero ser justo."
-- "Pelo seu carro nota-se que você não precisa de dinheiro"
Pense que minha paciência quase foi para o espaço.
-- "Então vamos esperar a perícia e aí veremos quem tem culpa, aí no fim das contas receberei um para-choque novo."
Mas aceitando o conselho de meu sábio e experiente pai, com quem falava ao telefone, decidi deixar pra lá e não perder meu dia inteiro pra resolver este problema.
-- "Vamos embora e deixemos este problema de lado" eu disse.
-- "Nada disso!! Agora vamos esperar a perícia e ainda vou lhe processar" disse a véia.
Sabendo que ela estaria em desvantagem o suspeito advogado disse que ela também relevasse o ocorrido. Mas a quadrúpede orelhuda disse que só sairia de lá se eu assumisse a culpa. Na mesma hora sentei no para-lama do fusca, cruzei os braços e disse: "Tem nem piriiiiiigo d'eu assumir a besteira que a senhora fez". Então o desconhecido insistiu em seu conselho e convenceu-a a seguir seu caminho.
Depois tiro umas fotos para mostrar o pequeno estrago.
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